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Indústria Farmacêutica | Quando o dinheiro vale mais que a ciência


Um tanto diferente do consenso de "ciência" atribuído aos remédios e medicamentos, existem estudos honestos mostrando um lado oculto envolvendo a indústria farmacêutica. Você sabia que, basicamente, o mercado de fármacos controla o que é publicado em revistas científicas? No livro Miller's Review of Critical Vaccine Studies (Revisão de Miller de Estudos Críticos sobre Vacinas em tradução livre), pelo PhD Neil Z. Miller, que contém o resumo preciso de quase 400 artigos científicos sobre o tema, podemos encontrar o artigo As revistas médicas são uma extensão do braço de marketing das empresas farmacêuticas de Smith R., publicado na PLoS Med em 2005, mostrando o seguinte:

- Este artigo analisou as evidências sugerindo que os periódicos médicos e a indústria farmacêutica têm uma relação financeiramente incestuosa que pode comprometer a integridade da ciência;

- As empresas farmacêuticas fornecem às revistas médicas uma receita substancial com publicidade. Além disso, as empresas farmacêuticas costumam comprar milhares de dólares em reimpressões se seus artigos forem publicados. Isso cria um forte conflito de interesses para editores de periódicos;

- Para uma empresa farmacêutica, um estudo favorável publicado em uma revista médica é imensamente mais valioso do que anúncios; (Nota minha: Um artigo publicado com sucesso é garantia de referência e até mesmo com a possibilidade de participação em medidas impostas por lei, vide as vacinas)

- Cerca de 70% dos ensaios clínicos publicados em grandes periódicos são financiados pela indústria farmacêutica. Estudos financiados pelo setor são 4 vezes mais propensos a ter resultados favoráveis à empresa do que estudos financiados por outras fontes;

- As empresas farmacêuticas têm muitas maneiras de aumentar suas chances de produzir estudos com resultados favoráveis. Por exemplo, eles podem suprimir estudos negativos, realizar ensaios contra tratamentos inferiores ou mostrar resultados com maior probabilidade de impressionar, como redução no risco relativo, em vez de absoluto;

- O setor também pode fazer análises de subgrupos ou usar vários pontos de extremidade ou testes de vários locais e selecionar para publicação aqueles com resultados favoráveis; (Nota minha: Na realidade, pouco sabemos sobre os estudos que são publicados. O que foi descrito não precisa ser, necessariamente, aquilo que de fato foi realizado. Muitas informações podem ser ocultadas ou conter informações parciais que passam tanto despercebidas quanto ignoradas com a intenção de sucesso na publicação.)

- O processo de revisão por pares é extinto, inclinado a preconceitos e abusos. As revistas médicas tornaram-se ferramentas de marketing da indústria farmacêutica, publicando estudos que favorecem seus produtos.

- Em vez de publicar ensaios clínicos, os periódicos devem considerar a descrição crítica deles.

Apesar do correto ser que qualquer tipo de estudo seja imparcial e que siga honestamente a metodologia de pesquisa e ética para que então os requisitos para comprovação de eficácia sejam sólidos com a realidade, em muitos casos não é o que acontece. Existe, inclusive, a possibilidade das revisões por pares serem feitas por "pares" do mesmo grupo que realizou o estudo. Ou seja, comprometendo as chances de crítica.

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